quarta-feira, 25 de julho de 2012

A casa verde musgo

A casa verde musgo
lar de um sonhador artista louco
que sem seu amor seria oco
sem sua mais bela flor não quer existir
Mas da felicidade jamais vai desistir


Com um sorriso de ponta a ponta
contemplo a face do meu bem viver
e com dias mais belos vejo resplandecer
meus sonhos de faz de conta
e meu amor por ti crescer


Sinto o vento, a natureza
e desta bela vista tenho a certeza
das maravilhas do mundo que pude avistar
eis as mais belas, deva tu concordar
minha casinha singela, e meu amor retornar


A casa verde musgo
lar de sonhos e amores
onde a felicidade existe
em forma de luzes e cores

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O abrir da concha

No fundo do oceano suas lágrimas caíram
o brilho estonteante do cosmos se formou
tudo que era vida se abismou
os sons dos mares se difundiram
E a mais bela jóia se criou.

A concha se abre e seus olhos congelam meu ser
nada no mundo poderia me causar mais efeito
e de tudo o que me poderia acontecer
nada haveria de ser mais perfeito
do que seu amor para sempre ter.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Natureza

Como é tão vã toda a nossa esperança
Como uma falácia nossos planos em desnudo,
Como no mundo reina a ignorância
Nos mostra a morte, mestra de tudo.

Para uns o dia passa em canto, torneios e dança,
Uns dedicam o talento às artes e estudo,
Uns desdenham o mundo e suas coisas em andança,
Outros transformam o sentimento em algo mudo.

Pela sabedoria que a natureza afigura
Predominam no mundo errante:
Toda coisa é fugaz e pouco dura,
Tanto a fortuna quanto o mal constante.

Pensamentos e desejos vãos de diversa sorte
E uma só coisa permanece a mensura:
Eis a própria morte.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

"Se não fosse verdade"


Aqueles olhares vazios dos quais eu sempre fugia
Era o que surgia de seu espírito maltratado
Que me culpava sempre por erros alheios
E eu sentia o seu fardo sobre mim
Mas quem seria o culpado afinal?
A própria vida seria uma bela desculpa
Para nos punir pelos erros antepassados

E aquela figueira lá no campo corresponde a mim
Que com um simples vento de solidão
Faz-me cair como uma folha de outono
No colo de alguém que não soube me cuidar

Seria apenas drama "se não fosse verdade."

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Retorno

Minha trevuosa presença o assusta
sinta-se em casa
não havia conhecido o mundo desse jeito?
minhas sinceras desculpas por não apresentá-lo
ao lado negro da humanidade

Ecos esvoaçantes o deixam vulnerável aos desejos obscuros
como os meus
olhe para si mesmo e me diga:
está preparado para me conhecer?
seja bem vindo, mortal!

O baú negro abre-se novamente
as vestes de minha falta de lúcidez novamente se mostram
aqueles mortais que as conhecem
sentem-se obrigados a experimentar
a loucura em grande proporção de meu espírito.

Não é nenhuma ilusão o que está sentindo
esse vento de inverno em sua espinha
lhe trazendo recordações de quem um dia foi
é o recomeço de alguém que não deveria ter partido
seja bem vindo, novamente! irmão!

Rebirth

Lembranças de uma vida cheia de lacunas
uma pobre alma em uma incansável busca
parece ter me deixado a merce da esperança
mas me vejo em um novo caminho
caminho que me leva até o brilho do seu olhar


Descobri que o que há dentro de meu peito
não é oco, apenas não havia encontrado você
ter alguém assim em minhas motivações
me faz querer viver mais intensamente
e dizer á todos o quanto foi importante para mim


A sensação é de que você já esteve aqui
mas minha limitada lembrança não me permite recordar
o que meu coração me diz
o que sinto que sempre foi uma verdade
irei para o norte!

Sempre acreditei no destino
mas não tanto quanto agora
suas peças contagiantes
as vezes cruéis demais para seres como nós
mas seus objetivos enigmáticos tem sempre um propósito


Uma surpresa a mim descobrir que ainda posso ser feliz
que tenho em meu interior algo que não conhecia
algo que você despertou
uma sensação diferente
algo bom demais para descrever


Diante do renascimento daquela pobre alma perdida
a intensidade me chama a atenção
para aquele que passou pelo vale das sombras sozinho
uma redenção finalmente chegar
aos campos elísios..

(Dedicado a Mia..)

domingo, 25 de dezembro de 2011

Sábio Abutre

Entenda o som do meu eu
Sopro de uma fagulha de alma
As estrelas lhe mostram o caminho
De um lugar que você já esteve

Pássaro fúnebre
Meu inconsolável companheiro
Conheceste como ninguém a paz
E entende o vento e sua pureza

No pior dia de uma vida...
No dia do adeus.

Entre dor e prazer
Me sinto petrificado
As palavras já não condizem com os atos
E com a mais triste entonação
Me vejo dizendo adeus a você
E voltando..
Para onde jamais deveria ter saído.

(mais um pequeno devaneio meu)