sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Natureza

Como é tão vã toda a nossa esperança
Como uma falácia nossos planos em desnudo,
Como no mundo reina a ignorância
Nos mostra a morte, mestra de tudo.

Para uns o dia passa em canto, torneios e dança,
Uns dedicam o talento às artes e estudo,
Uns desdenham o mundo e suas coisas em andança,
Outros transformam o sentimento em algo mudo.

Pela sabedoria que a natureza afigura
Predominam no mundo errante:
Toda coisa é fugaz e pouco dura,
Tanto a fortuna quanto o mal constante.

Pensamentos e desejos vãos de diversa sorte
E uma só coisa permanece a mensura:
Eis a própria morte.

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